domingo, 21 de fevereiro de 2016

Moda é um perigo!


Na maior intimidade, a matéria do Globo a respeito da permanência (ou não) do Reino Unido na União Europeia chama o jornal britânico de "o diário 'Telegraph'".

E o fecho não podia ser "melhor": diz que "20% dos entrevistados seguem indecisos".

Ora, se ainda não sabem pra que lado vão, eles SEGUEM PRA ONDE?

Que mania horrorosa!

Um mínimo de esforço

Em priscas eras, recomendava-se aos jornalistas: evitem o trocadilho fácil na hora de titular matérias.

Agora, o leitor do Globo tropeça todos os dias nesse recurso de preguiçoso, que, muitas vezes, não faz o menor sentido ou, simplesmente, ignora as regras do bom Português.

É o caso do titulão de hoje, na página 25:

"Que horas ele chega?"

No filme brasileiro de sucesso "Que horas ela volta?", a pergunta — que deveria ser A QUE horas etc. — é grafada com erro propositalmente.

No jornal, denuncia a falta de revisor, redator, editor e ânimo.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

De tempos e regências verbais

O Globo tem inventado tanta regência que até me confunde e me faz duvidar do que aprendi na escola.

Vejam este título de quinta:

"No México, Papa adverte políticos para miséria (...)"

Eu achava que a gente advertia alguém de alguma coisa. Será que mudou?!

Aproveitando: no mesmo dia, no Ancelmo, informam que "(Nelson) Cavaquinho não é o único a pedir o reconhecimento em vida".

Vale lembrar que o grande autor (foto) fez o pedido, na letra de uma música, há muito, muito tempo, pois morreu 30 anos atrás.

Menos modismo, por favor

Lendo agora Gente Boba de quinta, encontrei o suprassumo da ridícula mania do novíssimo jornalismo de marcar o "momento exato" dos fatos:

"Poucas horas ANTES de uma argentina morrer esfaqueada APÓS um assalto (..)".

Caramba!

A frase combina com o título da nota: "O horror, o horror".

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Ah, essas estranhas construções



Mais uma encontrada na internet pela assídua colaboradora.

Ela já se uniu a mim, "ao lado" dos leitores deste blog, na luta pra salvar o Português.

Gente, estou até rindo com esse ladinho esquisito aí.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Alguma coisa está fora da ordem



São muitas as pragas que assolam o Português.

O mau uso da preposição "sobre" é uma delas.

Vejam aí na imagem o que a assídua colaboradora encontrou online.

Colegas, faz-se uma biografia DE alguém, na qual se escreve SOBRE uma pessoa qualquer, OK?

"Biografia sobre"? Nananinanão!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Para onde segue o Jornalismo?

Quando os colegas empacam num modismo, é dose!

Alguém deve ter achado "coisa de pobre" usar POR CAUSA e "mais fino" o maldito "por conta" — e, por causa disso, tome de ler besteira por aí!

Outra praga é a substituição do verbo CONTINUAR por "seguir", como se aqui falássemos Espanhol.

Pois dá no que achei na página de um amigo: um viaduto (que, mesmo sem trânsito, não sai do lugar) "seguindo interditado" sabe-se lá pra onde! (clique para ler)

É desanimador!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Se meu apartamento falasse

Não tem folia que faça a assídua colaboradora perder as bobagens dos colegas nos jornais.

Vejam essa página principal do Globo online.

Todos os sujeitos dos títulos são inanimados.

Só não precisavam exagerar e dar vida própria ao apartamento do Jimmi Hendrix, não é?

O lugar SERÁ ABERTO (por alguém, por uma instituição, sei lá).

Ele não abre sozinho.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

As 'maravilhas' não cessam

E o carnaval no idioma continua...

A assídua colaboradora encontrou "coisas lindas" na matéria do Globo sobre o Julian Assange.

Tem até "a maioria se afastaram", acreditem!

Já outra amiga encontrou a pérola aí da imagem.

Com um INCENTIVO desses, não sei o que veremos no SUS depois da folia.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Um carnaval no texto

Gente, é carnaval, mas o Português não precisa virar uma zona por causa disso, OK?

Vejam na imagem o que a assídua colaboradora encontrou na página 3 do Globo.

O que o verbo "haver" faz aí? Alguém sabe explicar?

Falando em coisas inexplicáveis, os colegas do jornal continuam precisando urgentemente de aulas de regência (ontem mesmo tinha um festival de "alerta sobre", arhg!) e os do governo do Estado do Rio têm que se conscientizar de que estão no Brasil e escrever cem vezes: vírus zika.

Corrijam a ordem também no site, por favor, pois aqui não falamos Inglês.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

'Aproximadamente um'?!


Confesso que li os jornais do último fim de semana sem muita atenção.

Mas até numa folheada dá pra perceber que os colegas do Globo estão com mania de usar "cerca de", "em torno de" e similares ao lado de números precisos, como 2.067, ou 133,5 etc.

Pessoal, as expressões citadas não fazem sentido em casos assim, servem apenas para números redondos, pois dão uma ideia aproximada da coisa: cerca de mil, em torno de cem, por volta de meio-dia...

"O menino acordou por volta de 1h05m" é simplesmente ridículo! (e esse "m" de minuto eu nunca tinha visto no jornal.)